Arquivo para 19 de agosto de 2008

Vilma Martins, seqüestradora do menino Pedrinho, ganha liberdade condicional

O Tribunal de Justiça de Goiás concedeu, no final da tarde de hoje, o benefício de liberdade condicional para a empresária Vilma Martins, 53, condenada por seqüestrar dois bebês na maternidade e criá-los como se fossem seus filhos.

Vilma cumpre pena desde 2003, quando foi condenada a 15 anos e 9 meses pelos seqüestros e registro falso de Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, e Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva. O pedido de condicional foi acatado pelo juiz Éder Jorge, da 4ª Vara Criminal, que considerou o direito de progressão da pena, já que Vilma cumpriu um terço da sentença.

  • Fotomontagem/Divulgação/Tribunal de Justiça de GoiásVilma Martins sorri ao ler a decisão da Justiça que lhe concedeu liberdade condicional

Sobre a decisão, o juiz disse que Vilma foi tratada de acordo com a lei. “O benefício concedido a Vilma é o mesmo dado a qualquer outro reeducando que tenha cumprido um terço da pena e que tenha comportamento aprovável”, ressaltou o juiz. De toda a sentença, Vilma já cumpriu cinco anos e três meses de reclusão. Foram dois anos e nove meses em regime fechado, dois anos e cinco meses e regime semi-aberto e um mês e 27 dias em regime aberto. Desde junho deste ano ela só ia à Casa do Albergado para dormir.

Acompanhada da irmã, Ana Machado Borges, do advogado Leonardo de Melo, e um funcionário de sua marcenaria, Vilma chegou ao Tribunal de Justiça com cerca de uma hora de antecedência. Ela estava em cadeira de rodas, usando um vestido longo e óculos escuros. Em nenhum momento falou com a imprensa. Mostrava-se sorridente e conversou com os acompanhantes e, em algumas oportunidades, demonstrou gesto de carinho, ao passar a mão sobre o rosto deles.

Apesar da liberdade condicional, ela cumpre pena até 2019, a não ser que seja beneficiada com um decreto presidencial, conhecido por indulto de Natal. Para manter-se livre das grades, no entanto, terá que cumprir uma série de exigências determinadas pela justiça. Ela terá que se recolher em casa a partir das 21h, não pode mudar de endereço ou sair da comarca sem autorização judicial. Também não pode portar armas ou consumir bebidas alcoólicas. Também terá que se apresentar à Justiça a cada dois meses.

De acordo com informações do juiz, apesar de ter recorrido à cadeira de rodas, ela não necessitava do auxílio do equipamento para se locomover, conforme ficou constatado pela junta médica do Tribunal. O juiz também comentou os “deslizes” que ela teria tido enquanto cumpria pena no semi-aberto. Ela teria forjado problemas de saúde para deixar a Casa do Albergado e ir para clínicas particulares.

“Ela foi penalizada por isso. E esta é a razão pela qual ela demorou mais para progredir do semi-aberto para o aberto”, disse Éder Jorge.

Perguntado sobre um flagrante feito por uma emissora de televisão local que mostrou Vilma Martins em um pesqueiro, se divertindo com amigos em um momento em que devia estar reclusa, o juiz afirmou: “Como juiz, somente posso julgar o que chega a meu conhecimento pela via jurídica. O Ministério Público (MP) nunca fez qualquer referência a este suposto fato”, salientou.

Quando entregou a Vilma o documento que garante a progressão do regime, o magistrado desejou boa sorte a ela, que pegou o documento e sorriu, mais uma vez.

Vilma foi condenada por parto suposto, parto suposto com subtração de menor e registro de documento falso. Os dois bebês foram registrados com nomes diferentes e também tomaram rumos diferentes após a condenação. Pedro Rosalino Braule Pinto, que foi registrado por Vilma como Osvaldo Martins Júnior, assumiu a identidade anterior e hoje vive com a família biológica, em Brasília.

Já Aparecida, que foi registrada posteriormente como Roberta Jamilly, preferiu ficar com a família de Vilma. “Eu nem quero mais comentar. Condenar ou soltar, cabe à Justiça. O que eu poderia fazer eu já fiz. Mas ela não quis ficar comigo”, diz, resignada, a mãe de Aparecida, Maria Francisca da Silva.

A reportagem do UOL também tentou entrar em contato com a mãe biológica de Pedrinho, Maria Auxiliadora Braule Pinto para comentar a concessão de liberdade a Vilma. Porém, ninguém atendeu ao telefone.

Entenda o caso
Vilma levou da maternidade e criou como filhos Aparecida Fernandes Ribeiro da Silva e Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho. Os dois foram levados da maternidade em 1979 e 1986, respectivamente.

Os pais biológicos de Pedrinho, Jayro e Maria Auxiliadora Tapajós, promoveram uma busca constante pelo filho. O seqüestro, no entanto, só foi esclarecido 16 anos depois. Gabriela Azeredo Borges, 19, neta do pai adotivo de Pedrinho, associou a imagem dele ainda recém-nascido, que era divulgada pelo site do SOS Criança (especializado em buscar crianças desaparecidas), com a foto de Jayro Tapajós. A imagem do menino havia sido divulgada em uma embalagem de leite.

Ela entrou em contato com a instituição SOS Criança e, orientada por eles, recolheu um fio de cabelo de Pedrinho para realização do exame de DNA. O teste comprovou que o garoto na verdade era filho de Jayro e Maria. Além da comprovação científica, a mãe biológica de Pedrinho também reconheceu Vilma Costa como sendo seqüestradora. Vilma acabou condenada em 2003.

Com a elucidação do caso Pedrinho, a polícia levantou suspeita sobre a possibilidade de Aparecida Fernandes Ribeiro da Silva também ter sido seqüestrada. Ela havia sido registrada como Roberta Jamilly. Um novo exame de DNA, retirado de uma ponta de cigarro usado por Roberta também confirmou que ela, na verdade, é Aparecida Fernanda, filha biológica de Francisca Maria da Silva.

Em 12 meses, carro de Crivella teve dez multas, ou 49 pontos, o suficiente para suspender carteira do motorista responsável

RIO – Estacionar em local proibido, como fez no domingo em Copacabana, não foi a única infração de trânsito cometida por Marcelo Crivella (PRB/PR/PSDC/PRTB). Registros do Sistema de Controle de Infrações de Trânsito, da Secretaria Municipal de Transportes do Rio, mostram que o Nissan Sentra do senador, placa de São Paulo DUH-0501, foi multado dez vezes nos últimos 12 meses. As multas somam 49 pontos, mais que o dobro de 20 pontos suficientes para provocar a suspensão da carteira de motorista por um ano.

O mau exemplo não pára por aí. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo registra débito no licenciamento do veículo, o que impede Crivella de retirar o Certificado de Registro do Veículo (CRLV) – documento de porte obrigatório.

A falta do documento significa que o carro pode ser apreendido se parado pela polícia, além de receber nova multa de R$ 127,69. Segundo o Detran-SP, o veículo deveria ter sido licenciado em abril deste ano. Crivella registrou o carro em sua declaração de bens enviada ao Tribunal Regional Eleitoral, em dezembro do ano passado. Segundo ele, o carro costuma ser dirigido por um motorista, mas o próprio senador foi flagrado estacionando o carro sobre a calçada da Avenida Atlântica, em Copacabana, no domingo.

Das dez multas, sete foram por excesso de velocidade, registradas por pardais. As infrações ocorreram na Barra da Tijuca – onde mora o senador -, na Linha Amarela, em Botafogo e em Campo Grande. Houve duas multas por retorno em local proibido e uma de avanço de sinal vermelho ou de parada obrigatória. A primeira multa, de 11 de agosto do ano passado, e a última, de 10 de maio deste ano, foram no mesmo local e pela mesma razão: excesso de velocidade na Linha Amarela. As dez multas somam R$ 1.106,67.

De acordo com o Detran-SP, as multas registradas pelos órgão de fiscalização do Rio são encaminhadas ao proprietário cadastrado; no caso de uma financiadora, a empresa repassa-as comprador do veículo. No site do Detran-SP, as multas constam como pagas.

Sobre as multas e a falta de documento, o senador informou, por sua assessoria, que não recebeu multas ou qualquer notificação sobre irregularidades. Ele afirma ter comprado o carro em agosto, através de um financiamento, que ainda está sendo pago. Por isso, o registro do proprietário consta como Cia. de Arrendamento Mercantil Renault do Brasil, com endereço na região de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo.

Crivella pede desculpas por estacionar em local proibido

Nesta segunda-feira, Crivella fez mea-culpa por estacionar em local proibido, e pediu desculpas. O senador disse ter sido iludido por um flanelinha e prometeu deixar os estacionamentos de rua aos cuidados do Sindicato de Guardadores do Rio.

– Peço desculpas ao povo do Rio de Janeiro. Fui ontem (domingo) a um almoço na Avenida Atlântica e não encontrei estacionamento na praia que estava com uma das pistas fechadas. Um guardador me orientou a parar no calçadão e, ingenuamente, coloquei o carro ali – disse Crivella, que considerou o episódio “um pecado”.

O senador disse que o flagrante por estacionamento irregular lhe custou um puxão de orelhas de sua mulher, Sylvia Jane, que o acompanhava no Nissan Sentra a um almoço.

– A minha esposa falou assim: “Está vendo? Você não deixa o motorista trabalhar no domingo. Se ele estivesse aqui não tinha acontecido este problema.

A minha esposa falou assim: “Está vendo? Você não deixa o motorista trabalhar no domingo. Se ele estivesse aqui não tinha acontecido este problema


Depois de tantas críticas à cobertura da imprensa em sua campanha, o senador deu tratamento diferente ao episódio:

– Aplaudo a imprensa porque foi exatamente isso que eu precisava: que alguém me alertasse, e isso me prepara muito para o governo do Rio de Janeiro. A gente sabe que é vigiado de perto, mas eu garanto a vocês que vamos sim arrumar o Rio. O que estiver errado vou corrigir, inclusive em mim mesmo – declarou, citando o bordão de sua candidatura.

Crivella prometeu organizar os estacionamentos na cidade, deixando-os sob a guarda do Sindicato de Guardadores do Rio. O candidato disse que vai redirecionar parte dos recursos pagos com os estacionamentos para a distribuição de ingressos em espetáculos culturais para a população carente.

Estacionar em local proibido contradiz slogan de campanha

Estacionar em local proibido contradiz o slogan da campanha do senador: “A cidade é como a casa da gente. E quando a casa está desarrumada nada funciona direito. O Rio precisa de alguém que arregace as mangas e arrume a casa. Por isso, vamos arrumar o Rio”. Estacionar na calçada, infração considerada média, custa R$ 127,69 em multa e quatro pontos na carteira de motorista. Está sujeita, ainda, a reboque.

No domingo, os carros de campanha de Crivella ficaram enfileirados na calçada da Avenida Atlântica, próximo à esquina com a Siqueira Campos, em Copacabana. O próprio senador, acompanhado da mulher, Sylvia Jane, estacionou o Nissan Sentra por volta das 13h30m, para um almoço fora da agenda oficial.

A Guarda Municipal informou que domingo houve repressão aos infratores na orla, mas que não era possível afirmar se os veículos foram ou não multados. Nas estatísticas da Secretaria Municipal de Trânsito, o estacionamento irregular foi responsável, de 1 de janeiro a 31 de julho, por 11,51% das multas na cidade.

O senador concedeu uma entrevista, na manhã desta segunda-feira, à Rádio CBN. Em seguida, viajou para Brasília, onde cumpriu agenda no Senado.

Incêndio:Estrutura do Teatro Cultura Artística corre risco de desabar

 

SÃO PAULO – Equipes do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru) e do Corpo de Bombeiros fazem vistoria na estrutura do Teatro Cultura Artística por volta das 11 horas desta segunda-feira, 18. O teatro foi atingido por um incêndio de grandes proporções na madrugada de domingo, 17, sem deixar feridos, mas a estrutura do corre risco de desabamento. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), que esteve no local do incêndio no domingo, deve fazer uma nova visita no fim da manhã desta segunda-feira, 18. 

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A Subprefeitura da Sé mantém uma equipe da Defesa Civil no local, mas não confirma o risco de desabamento, apesar de manter uma equipe de perícia no teatro. De acordo com a Subprefeitura da Sé, a Defesa Civil intimou o proprietário do imóvel, neste domingo, a reformar e restaurar o prédio, e por conta do risco de algum acidente, como prevenção, ele foi interditado. O laudo sobre o incêndio deve demorar de 10 a 20 dias. Após o incêndio, o teatro pode ser transferido de local.Segundo Eric Klug, responsável por relações institucionais da Sociedade de Cultura Artística, o local poderá ser arrendado e uma parceria poderá ser proposta para empresas com o intuito de ter outro espaço para as peças e concertos.Todas as apresentações previstas foram canceladas e o valor dos ingressos adquiridos será devolvido – para informações, a Sociedade de Cultura Artística forneceu o telefone (0xx11) 3258-3344.